Na liturgia de hoje, na primeira leitura, o profeta Ezequiel tem uma visão mística: da porta do templo jorra uma corrente de água que cresce e se transforma em um rio. Por onde passa, essa água dá vida, cura e fertilidade. É uma imagem profundamente simbólica da ação de Deus na história e no coração humano.

No salmo responsorial temos, « Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem / e os vossos santos, com louvores, vos bendigam! / Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder! »

Na segunda leitura, São Paulo fala com firmeza à comunidade de Corinto, que enfrentava divisões internas e disputas. Ele os recorda de que todos são colaboradores de Deus e que a Igreja é como um edifício espiritual, cuja base é Jesus Cristo. Mais ainda: cada cristão é templo do Espírito Santo.

No Evangelho, Jesus sobe a Jerusalém para a Páscoa e encontra o Templo transformado em um mercado. Com firmeza, Ele expulsa os vendedores e cambistas, dizendo: “Parai de fazer da casa de meu Pai um mercado!” Esse gesto revela não apenas indignação, mas um profundo amor e respeito pelo lugar sagrado. Jesus aponta para o templo espiritual: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei.” Ele falava do seu corpo, que seria crucificado e ressuscitado. Isso nos ensina que cada um de nós é templo do Espírito Santo. Precisamos purificar nosso coração das distrações, dos interesses egoístas e das atitudes que afastam Deus.

Na certeza que Jesus cuida de nós, louvemos ao Senhor, e nosso Domingo será abençoado.