Na liturgia de hoje, na primeira leitura, é uma das grandes profecias messiânicas do Antigo Testamento. Ele anuncia a vinda de um descendente de Jessé (pai de Davi), sobre quem repousará o Espírito do Senhor, trazendo justiça, paz e reconciliação para toda a criação.

O rebento do tronco de Jessé, a imagem da raiz que brota de um tronco aparentemente morto simboliza a esperança. Mesmo quando tudo parece acabado, Deus faz surgir vida nova. Os dons do Espírito, Isaías descreve o Espírito que repousa sobre o Messias: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência e temor de Deus. Estes dons se cumprem plenamente em Cristo e são comunicados a nós no Batismo e na Confirmação. Justiça e fidelidade, o Messias julgará com justiça, especialmente em favor dos pobres e humildes. Ele não se guia por aparências, mas pela verdade. O Profeta Isaías nos aponta para Cristo, o Príncipe da Paz, e nos chama a viver já aqui na terra os sinais do Reino que Ele veio inaugurar.

No salmo responsorial temos, « Seja bendito o seu nome para sempre! / E que dure como o sol sua memória! / Todos os povos serão nele abençoados, / todas as gentes cantarão o seu louvor! »

Na  segunda leitura, São Paulo nos recorda a importância da esperança, da perseverança e da unidade em Cristo. A Escritura como fonte de esperança, “Tudo o que foi escrito, foi escrito para nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” A Palavra de Deus não é apenas memória, mas alimento vivo que sustenta nossa caminhada. Unidade na diversidade, Paulo pede que os cristãos vivam em harmonia, “para que, unidos, glorifiquem a Deus”. A fé não é individualista, mas comunitária, chamada a construir comunhão. Cristo acolhe a todos, “Cristo se fez servo dos judeus para mostrar a fidelidade de Deus... e para que os pagãos glorifiquem a Deus por sua misericórdia.” O Evangelho é universal, destinado a todos os povos. Misericórdia como sinal do Reino, a acolhida de Cristo é expressão da misericórdia divina, que não exclui ninguém, mas abre as portas da salvação a todos. São Paulo nos lembra que a esperança cristã não é apenas pessoal, mas comunitária, e que a misericórdia de Deus nos chama a viver unidos e acolhedores, para que todos possam glorificar o Senhor.

No Evangelho, vemos a pregação de João Batista no deserto, preparando o caminho para a vinda de Cristo. É uma passagem forte, marcada pelo chamado à conversão e pela promessa do Batismo no Espírito Santo.

João Batista como precursor, ele anuncia a proximidade do Reino dos Céus e chama o povo à conversão. Sua vida simples e austera reforça a autenticidade de sua missão. Batismo de conversão, o batismo de João é sinal de arrependimento, preparando os corações para receber Jesus. Denúncia da hipocrisia, João confronta os fariseus e saduceus, mostrando que não basta aparência religiosa; é preciso frutos concretos de conversão. Juízo e esperança, ele anuncia que o Messias virá com poder, separando o trigo da palha. É uma imagem de purificação e justiça.  Batismo no Espírito Santo e no fogo, Cristo não apenas lava os pecados, mas transforma interiormente, dando nova vida pelo Espírito. Não basta aparência religiosa, Deus olha para o coração e para a vida concreta. Em Cristo, recebemos não só perdão, mas força para viver como filhos de Deus.

Na certeza que Jesus lava nossos pecados e nos purifica, nosso Domingo será um dia de alegria, paz e renovação.