Na liturgia de hoje, na primeira leitura, vemos os últimos momentos do rei Antíoco IV Epífanes, perseguidor dos judeus. Ele, que havia se levantado contra Deus e profanado o Templo, termina sua vida em sofrimento, reconhecendo que sua desgraça é consequência de sua arrogância e de seus atos contra o Senhor. Esta leitura nos convida a viver com simplicidade e confiança em Deus, evitando a tentação de colocar nossa segurança em riquezas, poder ou glória passageira.

Assim como Antíoco percebeu tarde demais que sua vida estava nas mãos de Deus, somos chamados hoje a reconhecer desde já que tudo pertence ao Senhor. A verdadeira sabedoria é viver na obediência e na fé, pois só assim encontramos paz e sentido.

No salmo responsorial temos, « Os maus caíram no buraco que cavaram, / nos próprios laços foram presos os seus pés. / Mas o pobre não será sempre esquecido, / nem é vã a esperança dos humildes. »

No Evangelho, nos é apresentado o encontro de Jesus com os saduceus, que negavam a ressurreição. Eles tentam colocar Jesus em contradição com uma pergunta sobre a vida após a morte. A resposta de Cristo é clara: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para Ele.”

Jesus confirma que a ressurreição não é uma invenção, mas uma promessa de Deus. Nossa existência não termina no túmulo; ela se abre para a plenitude da vida em Deus. Que possamos viver com os olhos voltados para a eternidade. A ressurreição não é apenas uma doutrina, mas uma esperança que transforma nossa maneira de viver hoje. Se cremos que Deus é o Senhor dos vivos, então cada gesto de amor, cada ato de fé e cada escolha de bondade já participa da vida eterna.

Na certeza que vivemos para Deus, nosso Sábado terá sentido porque Ele é o Senhor.