Na liturgia de hoje, na primeira leitura, nos é apresentado um dos momentos mais dramáticos da história de Israel: a tentativa de apagar a fé do povo escolhido por meio da imposição de costumes pagãos e da perseguição religiosa. O rei Antíoco Epífanes decreta que todos abandonem a Lei de Deus e se submetam às práticas estrangeiras. Muitos cedem, mas outros permanecem firmes, mesmo diante da morte. Apesar da dor e da aparente derrota, a fidelidade dos Macabeus prepara o caminho para a vitória da fé. Assim também, em nossas lutas pessoais, Deus nunca abandona aqueles que permanecem firmes, “melhor perder tudo do que perder a fidelidade a Deus”.

No salmo responsorial temos, « Quando vejo os renegados, sinto nojo, / porque foram infiéis à vossa lei. »

No Evangelho, vemos a cura do cego de Jericó. Ele, sentado à beira do caminho, clama insistentemente por Jesus, mesmo quando a multidão tenta silenciá-lo. Jesus, porém, escuta sua súplica, pergunta o que ele deseja e lhe devolve a visão. O homem, então, passa a seguir o Senhor, glorificando a Deus, e todos que presenciam também dão louvores.

O milagre não termina na recuperação da visão. O cego curado passa a seguir Jesus e glorificar a Deus. A verdadeira graça recebida nos convida a uma vida nova de discipulado e testemunho. O louvor do homem curado desperta também a multidão para glorificar a Deus. Nossa fé vivida com alegria pode ser luz que leva outros a reconhecerem a presença do Senhor, a fé perseverante abre nossos olhos e nos coloca no caminho de Cristo.

Na certeza que Jesus nos cura, nossa Segunda-feira será de louvor e agradecimento.