Na liturgia de hoje, na primeira leitura, mostra uma das passagens mais simbólicas do Antigo Testamento, e tem uma profunda conexão com a fé cristã. É uma prefiguração clara da cruz de Cristo, como o próprio Jesus afirma em João 3,14: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado.”

No salmo responsorial temos, « Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, / não os matava e perdoava seu pecado; / quantas vezes dominou a sua ira / e não deu largas à vazão de seu furor. »

Na segunda leitura, nos é revelado o coração da fé cristã: a humildade de Cristo e sua glorificação. A glória de Cristo vem depois da cruz. Isso nos lembra que o sofrimento unido a Deus tem sentido e pode ser caminho de salvação, “Jesus Cristo é o Senhor” é a profissão de fé que une todos os cristãos. A liturgia da Igreja repete essa verdade constantemente, especialmente na celebração da Eucaristia.

No Evangelho, nos é revelado coração da missão de Cristo e o amor incomparável de Deus pela humanidade, um dos trechos mais profundos e consoladores.  Deus não espera perfeição para amar. Ele iniciou a salvação por amor, oferecendo seu próprio Filho. Isso é o centro da fé católica: Deus é amor. A referência à serpente de bronze mostra que olhar para Cristo crucificado com fé é o caminho para a cura espiritual. A cruz, que era sinal de morte, torna-se fonte de vida.

Não é apenas saber sobre Jesus, mas crer nEle, confiar, entregar-se. A fé é resposta ao amor de Deus, e é por ela que recebemos a vida eterna. Jesus não veio para condenar: A missão de Cristo é salvar, não julgar. A Igreja, como corpo de Cristo, é chamada a anunciar essa salvação, não a excluir ou condenar.

Na certeza que Deus está conosco, nosso Domingo será de paz e livramentos.