Na liturgia de hoje, na primeira leitura, profundamente consolador. Ele fala de um tempo em que o “rebento do Senhor” será esplendor e glória, e em que os sobreviventes de Israel serão chamados santos, purificados pela justiça de Deus. É uma visão de esperança, de restauração e de presença divina que protege e guia o povo. Para nós cristãos, aponta para Cristo, o Filho de Deus, que é a plenitude da promessa e a verdadeira glória de Israel. Isaías fala da lavagem das manchas e da purificação pelo Espírito. Isso nos recorda o Batismo, pelo qual somos lavados e tornados filhos de Deus. A nuvem e o fogo que cobrem o monte lembram a travessia do deserto, quando Deus guiava Israel. Aqui, simbolizam a presença constante do Senhor que protege e ilumina. Deus é apresentado como sombra contra o calor e abrigo contra a tempestade. Ele é o nosso descanso e segurança em meio às tribulações.

No salmo responsorial temos, « Por amor a meus irmãos e meus amigos, / peço: “A paz esteja em ti!” / Pelo amor que tenho à casa do Senhor, / eu te desejo todo bem! »

No Evangelho, nos é apresentado o encontro de Jesus com o centurião romano em Cafarnaum. O centurião pede a cura de seu servo, mas o que mais impressiona é sua profunda fé e humildade, ele reconhece que não é digno de receber Jesus em sua casa, mas confia que uma única palavra do Senhor é suficiente para realizar o milagre. Apesar de ser um homem de autoridade, ele se coloca pequeno diante de Cristo. Reconhece sua indignidade e, ao mesmo tempo, sua total dependência da graça. O centurião acredita no poder da palavra de Jesus. Ele não precisa de sinais visíveis, apenas confia. Essa fé é tão grande que Jesus se admira e a coloca como exemplo. Jesus afirma que muitos virão do Oriente e do Ocidente para participar do banquete do Reino. Ou seja, a fé não está limitada a Israel, mas se abre a todos os povos.

Vamos rezar com as palavras do centurião, que a Igreja repete em cada Missa antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.”

Na certeza que Jesus nos salva, nossa Segunda-feira se reveste de paz e coragem para enfrentar os desafios.